INFORMAÇÃO DE SAUDE DO DIA GRIPE OU RESFRIADO ?

Quem falou que gripe e resfriado são a mesma coisa?
Eles exigem tratamentos e cuidados específicos, aprenda a reconhecer e tratar estes males

Se quer se livrar correndo da coriza, dos espirros e da dor-de-cabeça, então responda rápido: o que você tem é gripe ou resfriado? Quem demorou pensando ou acha que gripe e resfriado não passam de dois nomes para a mesma doença, melhor ficar alerta.

"Apesar de provocarem mal-estares semelhantes, trata-se de doenças diferentes e que, portanto, merecem cuidados específicos", afirma o infectologista da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Olzon.

Das causas ao tempo de duração, passando pelos sintomas e tratamentos, veja abaixo todos os detalhes sobre os dois problemas e saiba como se livrar deles de forma eficiente.

Respirou, pegou
Os dois problemas são transmitidos através do ar e provocados por ação viral – no caso do resfriado, mais de 200 tipos de vírus podem acabar com os ânimos de qualquer um. Já na gripe, um vírus em constante evolução é o responsável pelo mal-estar por todo o corpo.

Sintomas, a solução do enigma
Aqui está o xis da questão: o resfriado prejudica apenas as vias respiratórias, causando inconvenientes como coriza, tosse e falta de ar. Já sintomas como febre, dor-de-garganta e, até mesmo, diarréia sinalizam que a gripe é a vedete da vez.

"Como atinge o corpo todo, o risco de complicações também é maior nesse caso. Uma gripe mal tratada, por exemplo, pode até se transformar em pneumonia", alerta o médico.

Nem máscara para prevenir
Por serem transmitidas através do ar, é difícil evitar a gripe e o resfriado. É também por esta razão que a incidência das duas doenças é maior no inverno, quando as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados – ótimos meios para a propagação dos vírus. Daí, a dica: sempre que possível, tente deixar ao menos uma janela aberta para que o ar circule, diminuindo as chances de contágio.

Resfriado não vira gripe
Como são causadas por vírus diferentes, uma doença não evolui e se transforma na outra. Mas, por causa da debilitação imunológica originada pelo resfriado, é comum que ele seja sucedido pela gripe. Para evitar isso, seguir as recomendações médicas é fundamental , mesmo quando os sintomas já não incomodam tanto.

Aposente a caixinha de lenços
"Por serem doenças virais, não há como combater a causa da gripe ou do resfriado", explica o infectologista da Unifesp. "Os tratamentos são focados no alívio dos sintomas, o que conseguimos de forma bastante eficaz com analgésicos e antitérmicos."

Cronologia do espirro
Os sintomas devem acabar dentro de uma semana, em média. No entanto, os fumantes, por terem uma resistência respiratória menor, sofrem por mais tempo – dez dias, normalmente. "Prazo maior do que esse é motivo de preocupação e, por isso, o paciente não deve hesitar em buscar ajuda médica", alerta o especialista.


MOMENTO DE REFLEXÃO POR Roberto Shinyashiki

SEJA O CISNE...

Talvez o maior desafio da vida moderna seja sermos nós mesmos em um mundo que insiste em modelar nosso jeito de ser. Querem que deixemos de ser como somos e passemos a ser o que os outros esperam que sejamos.

Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite para que você deixe de ser você.

"Pessoa" vem de "Persona", que significa "máscara". É isso mesmo: coloque a máscara e vá para o trabalho. Ou vá para a vida com a sua máscara. Talvez o sentido do elogio: "Fulano é uma boa pessoa", signifique na verdade: "Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".

Mas qual o preço de ser bem adaptado?

O número de depressivos, alcoólatras e suicidas aumenta assustadoramente. Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico e síndrome do lazer não param de surgir. Dizer-se estressado virou lugar-comum nas conversas entre amigos e familiares. Esse é o preço. Mas pior que isso é a terrível sensação de inadequação que parece perseguir a maioria das pessoas. Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo de acordo com a nossa vocação.

E qual o grande modelo da sociedade moderna?

Querer ser o que a maioria finge que é. Querer viver fazendo o que a maioria faz. É essa a cruel angústia do nosso tempo: o medo de ser ultrapassado em uma corrida que define quem é melhor, baseada em parâmetros que, no final da pista, não levam as pessoas a serem felizes.

Quanta gente nós não conhecemos, que vive correndo atrás de metas sem conseguir olhar para dentro da sua alma e se perguntar onde exatamente deseja chegar ao final da corrida?

A maior parte das terapias prega que as pessoas não olham para dentro de si com medo de encontrar a sua sombra. Porém, na verdade, elas não olham para dentro de si por medo de encontrar sua beleza e sua luz. O que assusta é o receio de se deparar com a sua alegria de viver, e ser forçado a deixar para trás um trabalho sem alegria. Mas sejamos francos: para quê manter um trabalho sem alegria? Só para atender às aspirações da sociedade?

Basta voltar os olhos para o passado para ver as represálias sofridas por quem ousou sair dos trilhos, e, mais que isso, despertou nas pessoas o desejo de serem elas mesmas. Veja o que aconteceu a John Lennon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Isaac Rabin? É muito perigoso não ser adaptado!

Essa mesma sociedade que nos engessa com suas regras de conduta, luta intensamente para fazer da educação um processo de produção em massa.

Porque as pessoas que vivem como máquinas não questionam a própria sociedade.

A maioria das nossas escolas trabalha para formar estudantes capazes de passar no vestibular. São poucos os educadores que se perguntam se estão formando pessoas para assumirem a sua vocação e a sua forma de ser.

As escolas de música ensinam com os mesmos métodos as mesmas músicas. Quase todas querem formar covers de Mozart ou covers dos Beatles. É raro um professor com voz dissonante que diga para seus alunos: "Aqui você vai aprender idéias, para liberar o músico que existe dentro de você".

Os MBAs, tão na moda, na sua maioria, usam os mesmos livros, dão as mesmas aulas, com o objetivo não explicitado de formar covers do Jack Welch ou do Bill Gates. O que poucos sabem é que nenhum dos dois fez MBA. Bill Gates, muito ao contrário disso, abandonou a idolatrada Harvard para criar uma empresa na garagem, que se transformou na poderosa Microsoft. Os MBAs são importantes para que o aluno aprenda alguns instrumentos de administração. Mas alguém tem de dizer ao estudante: "Utilize essas ferramentas para implementar suas idéias, para ser intensamente você".

Quantos casos de genialidade que foram excluídos das escolas porque estavam além do que o sistema de educação poderia suportar.

Conta-se que um professor de Albert Einstein chamou seu pai para dizer que o filho nunca daria para nada, porque não conseguia se adaptar. Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca! O livro foi recusado por 13 editoras! Caetano Veloso foi vaiado quando apareceu com a sua música "Alegria, Alegria!". O projeto da Disney Word foi recusado por 67 bancos! Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um único ingresso na entrada do parque não daria lucros.

O genial Steven Spielberg foi expulso de duas escolas de cinema antes de começar a fazer seus filmes, provavelmente porque não se encaixava nos padrões comportamentais e técnicos que a escola exigia que ele seguisse. Só há pouco tempo é que ele ganhou um título de "honoris causa" de uma faculdade de cinema. E recebeu o titulo pela mesma razão que foi expulso anteriormente: ter assumido o risco de ser diferente, por não ceder à padronização que faz com que as pessoas pareçam seres saídos de linhas de montagem.

A lista de pessoas que precisaram passar por cima da rejeição porque não se adaptavam ao esquema pré-existente é infinita. A sociedade nos catequiza para que sejamos mais uma peça na engrenagem e quem não se moldar para ocupar o espaço que lhe cabe será impiedosamente criticado.

Os próprios departamentos de treinamento da maioria das empresas fazem isso. Não percebem que treinamento é coisa para cachorros, macacos, elefantes. Seres humanos não deveriam ser treinados, e sim estimulados a dar o melhor de si em tudo o que fazem. Resultado: a maioria das pessoas se sente o patinho feio e imagina que todo o mundo se sente o cisne. Triste ilusão: quase todo mundo se sente um patinho feio também.

Ainda há tempo! Nunca é tarde para se descobrir único.

Nunca é tarde para descobrir que não existe nem nunca existirá ninguém igual a você. E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!

Autor: Roberto Shinyashiki

XADREZ DO AMOR